Em participação no fórum que a Associação Latino-americana de Transporte Aéreo (Alta) realiza ontem e hoje no Rio de Janeiro, o diretor e CEO da Iata, Tony Tyler, destacou duas características específicas do mercado brasileiro, quando falou sobre aviação. Segundo ele, a concessão dos aeroportos e uma política de preços têm papel prioritário no desenvolvimento do setor. “O centro econômico do Brasil precisa de mais conectividade, o que deveria ser uma das principais estratégias econômicas do governo”, disse o CEO da Iata. “Mas o programa de concessões de aeroportos desenhado pelo governo traz sérias questões para as empresas aéreas, uma vez que o governo tem papel duplo, como responsável pelas concessões dos aeroportos e também como regulador econômico”, questionou.
Dirigindo-se às autoridades governamentais que participavam do encontro, Tyler pediu que o governo reavalie a fórmula de paridade de preços para o combustível. “Baseando-se no preço do mercado de Houston e incluindo encargos de importação e transporte, cria-se uma desvantagem competitiva de US$ 400 milhões anuais para as empresas aéreas”, disso. “Isso não deveria ocorrer no Brasil, que pode suprir 80% de suas necessidades de combustível com recursos próprios.” Tyler ainda citou estudo da Oxford Economics, sobre lucratividade na aviação civil. Segundo o estudo, a aviação contribui com R$ 32 bilhões para a economia brasileira, representando 1% do PIB e 700 mil empregos.
Apesar dos comentários sobre o Brasil, o CEO da Iata conclui que uma visão de longo prazo sobre a aviação latino-americana “só pode ser otimista”. “O potencial econômico dessa vasta e variada geografia só pode ser percebido com uma indústria de aviação de sucesso”, disse.
Fonte: Panrotas
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